Desde então, foram muitas as histórias que fui contando sobre esta Quinta milenar, à qual dediquei grande parte da minha vida.
Certo dia, apareceu um senhor, que me pediu que lhe contasse mais detalhes sobre tudo o que tinha lido e escrito sobre a Quinta.
Disse-lhe que os primeiros documentos que descobri sobra a Quinta, datam de 1434, quando, de repente, ele, voltando-se para mim, diz:
- A História da Quinta é muito anterior a 1434!
- Como assim? – retorqui - Tem conhecimento de alguma coisa que eu não saiba?
- Não! – respondeu – Mas posso-lhe garantir que os Templários estiveram aqui!
- Como pode ter tanta certeza?
- Porque se sente a sua auréola!
Passados dois dias, fui descobrir na cantaria de uma porta da aldeia do Toxofal de Cima, que fica a menos de 1 km da Quinta da Moita Longa, duas cruzes templárias.
Na mesma semana, descobri um campo de sepultura templário na aldeia de São Bartolomeu.
Na Lourinhã, entrei na Igreja de Santa Maria do Castelo, e verifiquei que na pia baptismal estão esculpidas a Cruz Latina, a Estrela de Salomão e a Cruz dos Mestres Templários.
Finalmente, descobri que as igrejas de Nossa Senhora do Castelo da Lourinhã, de São Leonardo da Atouguia e de Nossa Senhora do Olival de Tomar, têm a mesma configuração arquitectónica, e, a par do Convento de Cristo, em Tomar, são as igrejas em Portugal que mais simbologia templária têm.
Um dia, recebo na Quinta a visita de uma senhora. Entrámos na capela e, ao olhar para o fresco que está na abóbada da capela-mor – uma Aparição de Cristo à Virgem Maria –, fiz-lhe notar que a imagem de Nossa Senhora tem barba.
Ela, perplexa, virou-se para mim e disse:
- Não há dúvidas! E como é que sabe que é Nossa Senhora?
- Porque o fresco tem em baixo uma legenda que diz:
Regina Celi Letare!
É o latim medieval de:
Rainha do Céu, Alegrai-Vos!
A senhora, fixando o seu olhar nesta imagem tão enigmática, pausadamente, sem esboçar a mínima hesitação, exclamou:
- Esta imagem é um Jano e quem a pintou foi seguramente um cavaleiro templário!
Seguiu-se um silêncio. Após alguns minutos, voltou-se para mim e disse:
- Que mensagem tão profunda trará esta imagem?
Os dias passaram.
Se olharmos atentamente para a imagem do lado esquerdo, verificamos que Cristo empunha na mão esquerda uma bandeira com uma cruz azulada. Se a cruz fosse verde ou vermelha, poderíamos dizer que estávamos perante a Cruz da Salvação.
Mas não!
A cruz é azul!
O fundo é branco!
É a bandeira de D. Afonso Henriques!
Provavelmente, o Jano é simultaneamente Nossa Senhora e D. Afonso Henriques.
E tem uma razão de ser:
No ano de 1142, D. Afonso Henriques entregou o reino de Portugal a Nossa Senhora e, a partir de então, Portugal passou a designar-se Terra de Santa Maria.
A cerimónia teve lugar em Lamego e foi assinada por D. Afonso Henriques e por todos os seus vassalos.
Por outro lado, se olharmos para a imagem da direita, verificamos que o Jano, que é Portugal, tem os olhos verdes.
E se olharmos para a imagem da esquerda, verificamos que os olhos de Cristo são castanhos.
Ou seja, Mãe e Filho não têm a mesma cor de olhos.
Os olhos de Cristo são castanhos, característica da Casa de David,
E os olhos do Jano são verdes, característica da Casa de Borgonha – de onde descende D. Afonso Henriques.
Voltando-nos novamente para a imagem da esquerda, verificamos que o Jano, que é Portugal, fixa o seu olhar em Cristo.
E Cristo, fixa o seu olhar na Bíblia que está aos pés do Jano, ao mesmo tempo que aponta a mão direita ao Céu.
Ou seja, Cristo parece estar a comunicar ao Jano, que é Portugal, que vem nas Escrituras que uma grande missão está reservada a Portugal.
Agora, se olharmos de novo para a imagem da direita,
Sob as mãos do Jano, está uma rosa branca:
É o símbolo da pureza e das novas uniões.
Neste caso específico, parece simbolizar uma nova aliança entre Deus e Portugal: O Quinto Império!
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